quinta-feira, novembro 30, 2006

Uma prenda para Alguém muito especial




Olá, amigos!

Aí está mais um Natal. Apesar de ser a celebração do nascimento de Jesus, o que se vê mais é uma correria desenfreada às compras. Mas, é todos os anos a mesma coisa. Lembramo-nos de dar uma prenda a toda a gente, menos a Jesus.

Digam-me lá, que prenda é que gostariam de Lhe dar? Aceitam-se sugestões...

quinta-feira, novembro 23, 2006


"Disse Jesus: Eu não vim chamar os justos e, sim, os pecadores ao arrependimento." (Mt 9, 13)
O perdão é essencial. Isto não é novidade para ninguém. Todos sabemos disto, mesmo que por vezes tenhamos dificuldades em perdoar.

O problema é que, às vezes, esquecemo-nos ou temos dificuldade em nos perdoarmos a nós próprios. Isto acontece, principalmente, quando o que fizémos foi grave para nós ou para os que estão à nossa volta. Vamo-nos condenando e chegamos a um ponto que quase nos auto-destruímos. No entanto, Deus exorta-nos a pensar no que fizémos e a arrependermo-nos. Isso implica tentarmos apagar o mal estar que sentimos pelo que fizémos e, se for possível, a remediar o mal feito. Mesmo que já não haja remédio, Deus quer que nos arrependamos, porque só assim conseguiremos vislumbrar a Sua eterna Misericórdia e aceitar o Seu perdão.

Quando me lembrei desta passagem da Bíblia, foi inevitável não me lembrar da reúnião de catequistas que houve na minha paróquia. Foi na passada sexta-feira. Falámos do aborto.
Mais do que isso. Falámos do Síndrome Pós-Aborto, ou seja, da culpa que as mulheres e os homens sentem para toda a vida por terem optado, um dia, pelo aborto.

Há muitas pessoas a sofrerem por terem tomado a decisão de terminar com a gravidez. Além disto ser mais uma razão para se dizer "Não" no referendo, é também a justificação para que todos aqueles que nunca optaram pelo aborto dêem a mão a quem já o fez. Aconteceu. Isso não dá para apagar. Mas, Deus é misericordioso e está sempre de braços abertos para nos receber. Da próxima vez que soubermos de alguém que esteja a sofrer por causa de uma decisão destas, vamos dar-lhe a mão e ajudá-la a encontrar o Caminho de Deus.

Afinal, quem nunca pecou que atire a primeira pedra. Deus é contra o aborto, mas também é contra a condenação. Já agora, quem precisar de ajuda pode recorrer, por exemplo, às Vinhas de Raquel, um grupo católico que realiza encontros para ajudar as mulheres e os homens que têm mais dificuldade em se perdoarem a si próprios por terem optado, um dia, pelo aborto. No Patriarcado encontram informações sobre este grupo.

terça-feira, novembro 21, 2006

Ser ou não ser de Deus


No outro dia, entrei na Igreja e vi uns papéis em cima dos bancos. Curiosa como sou, tive de ver o que era. Tratava-se de uma oração ao Sagrado Coração de Jesus que tinha de ser feita durante nove dias. No final, dizia o papel, tínhamos alcançado a graça pretendida.

Já não é a primeira vez que vejo este género de orações. Não querendo duvidar da Fé e da boa fé da pessoa que as distribui, há coisas que me deixam com a pulga atrás da orelha.

Obviamente que a Fé é que conta. Mas, também é verdade que devemos ter cuidado com as aparências. Afinal, nem tudo o que parece de Deus é de Deus. Por exemplo, neste caso concreto. A fé é que conta, mas conseguimos logo o que queremos no final da novena? Isto parece-me mais faça-se a minha vontade e não a Tua Vontade. Além disso, há pedidos complicados. Então, quem tem cancro fica curado ao fim desses nove dias?

Não quero ferir a sensibilidade de ninguém. Simplesmente tenho sérias dúvidas em relação a estas orações. E vocês o que é que acham?

segunda-feira, novembro 13, 2006

Fé… mas com obras

Um jovem inquieto apresentou-se a um sacerdote e disse-lhe:
- Dá-me Deus.
O padre fez-lhe um longo sermão que escutou pacientemente, mas não o convenceu. Foi então ter com o bispo e fez-lhe o mesmo pedido.
- Dá-me Deus.
O bispo leu-lhe a carta pastoral que acabara de escrever aos diocesanos. Mas o jovem continuava insatisfeito. Ficou triste e começou a chorar. O bispo perguntou-lhe:
- Por que choras?
O jovem respondeu:
- Busco Deus e só me dão palavras.
Naquela noite, o padre e o bispo tiveram o mesmo sonho. Sonharam que morriam de sede e alguém procurava matar-lhes a sede com um longo discurso sobre a água.

Pois é. Não basta dizermos que “Deus é amor”. É preciso dizer e mostrar. De que vale a pena dizê-lo se depois somos rancorosos, provocamos problemas no trabalho, na escola, entre os amigos, na família? Ou temos a oportunidade de ajudar um pobre e não o fazemos por pensarmos demasiado no nosso umbigo? Ou temos a possibilidade de rezar por uma pessoa e não o fazemos? Como diz S. Tiago, na sua carta, é preciso haver Fé e Obras. Jesus falava, mas também agia. Se somos chamados a seguir o Seu exemplo, porque ficamos de braços fechados?

Como alguém disse uma vez: “Por que continuas de braços cruzados, quando o maior Homem do mundo morreu de braços abertos?”

sexta-feira, novembro 10, 2006

Amar os inimigos


As crianças que pertencem ao Movimento dos Focolares têm um dado, cujas faces representam os pontos da “arte de amar”. Todos os dias lançam o dado. Na revista Cidade Nova, que é deste movimento, veio uma vez esta estória que nos faz pensar como nem sempre amamos como Deus quer.

“Todas as manhãs, a Jasmim, de cinco anos, lança o “dado do amor”. Os seus pais estão divorciados. Um dia, à mesa, a mãe da Jasmim e os irmãos mais velhos falaram mal da nova mulher do pai. Ao fim de algum tempo, a Jasmim interrompeu a conversa e disse, irritada: “Devemos amar também os inimigos!” Os outros calaram-se e mudaram de assunto.”

No outro dia falei deste tema na catequese. Não consigo esquecer a cara de espanto das crianças e o silêncio que se fez quando eu lhes disse que Jesus pedia para se amar aqueles de quem menos gostamos. E porquê? Por que a maioria de nós adultos, principalmente quem tem responsabilidades directas sobre a sua educação, lhes ensina a política do “olho por olho, dente por dente”. Não estou a falar só de comportamentos violentos. Estou a falar da língua, das palavras que saiem da boca para fora. Sempre que abrimos a boca, temos cá uma tendência para falar mal dos outros e não ver o rosto de Cristo em cada irmão…

Já agora rezem por Chiara Lubich, a fundadora dos Focolares, que está internada por causa de problemas cardíacos.

terça-feira, novembro 07, 2006

Dá-me a Tua Mão, Senhor!


Li uma história no jornal católico Clarim que me deixou a pensar. Como é muito grande deixo-vos um resumo.

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus por estar vivo e ter conseguido agarrar-se a uma parte dos destroços para poder boiar. Acabou por ir dar a uma ilha.
Aí conseguiu construir um abrigo. No final, agradeceu a Deus. Conseguiu ainda encontrar alimento e água. Agradeceu a Deus.

No entanto, um dia, quando voltava da busca por alimentos, encontrou o abrigo em chamas. Terrivelmente desesperado, revoltou-se e gritou: "Ó Deus, por que fizeste isto?"

No dia seguinte foi depertado pelo som de um navio. "Viemos buscá-lo!", disseram. O sobrevivente ficou intrigado. "Mas, como souberam que estava aqui?" As pessoas do navio responderam-lhe: "Nós vimos o seu sinal de fumo!"

É comum sentirmo-nos desencorajados e até deseperados, quando as coisas nos correm mal. Mas Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento. Lembremo-nos: Se algum dia o nosso único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumo que fará chegar até nós a Graça Divina! Para cada pensamento negativo, Deus tem uma resposta positiva!

É preciso ter Fé!

segunda-feira, novembro 06, 2006

Sou contra o aborto!


O Expresso deste sábado trouxe uma reportagem sobre o aborto no masculino. Alguém que se lembre dos homens, não é verdade? O trauma é grande para as mulheres, mas também para os homens. Um dos casos dá mesmo que pensar: trata-se de um casal que abortou - tinha condições para ter a criança, mas resolveram pensar antes na carreira - e agora, apesar de todos os tratamentos, não conseguem ter um filho. A vida, às vezes, prega-nos grandes partidas...

Digam-me o que disserem, mas não consigo estar a favor do aborto. Não consigo deixar de pensar na vida que está dentro da barriga da mulher. Acho uma estupidez o debate que existe em torno da questão se já se pode considerar uma vida humana ou não. Ainda se está a formar, mas é uma vida humana! Claro que é! Aprendemos que nascemos da junção do óvulo e do espermatozóide e depois vêm com estas discussões!

Este fim-de-semana estive como voluntária numa instituição de crianças. Enquanto lá estive não consegui deixar de pensar no aborto. Estive a maior parte do tempo com uma criança com deficiência. Em todo esse tempo, não consegui deixar de pensar como a sociedade encara estas crianças. São um peso. Se se descobrir a tempo, aborta-se. Mas, porquê? Aquela criança e outras também sorriem, também brincam, também dão carinho, também ... Enfim, podem ter o problema que têm, mas são seres humanos que conseguem ser felizes e que fazem os outros felizes. Dão mais trabalho do que as outras crianças? Mas, por que razão, a vida tem de ser só facilidades? Jesus também só teve facilidades?

Não digo isto apenas por causa da experiência deste fim-de-semana. Conheço várias pessoas com as mais variadas deficiências e podem crer que elas são felizes. São elas que me o dizem. Como diz uma dessas minhas amigas: "Ainda bem que a minha mãe não aceitou fazer um aborto!"

quinta-feira, novembro 02, 2006

Há coisas que não entendo!

Sou cristã católica, mas há coisas que me fazem muita confusão na Igreja.

Durante o mês de Outubro, um dos grupos de jovens da minha paróquia, organizou a Campanha do Sabão. O objectivo era pedir às pessoas que levassem sabão que seria entregue a uma comunidade moçambicana muito pobre. O sabão é óptimo em termos de higiene, contribuindo assim para a diminuição de problemas de saúde causados pela falta de cuidados de higiene. As pessoas não têm dinheiro para comer, quanto mais para a sua higiene pessoal...

Por incrível que pareça, esta campanha só foi anunciada nos avisos uma única vez. Aqui está uma forma bem concreta de passarmos à acção o amor de Deus e só se avisa uma única vez. No meu núcleo ainda conseguimos bastante sabão, mas foi por que nós falámos da campanha por iniciativa própria. Depois dos avisos, lá íamos ao ambão relembrar as pessoas que até podiam entregar o sabão no ofertório da missa.

Não percebo. Estas iniciativas passam ao lado dos avisos. Anuncia-se uma vez e já está. Então onde está o espírito cristão? A festa x divulga-se várias vezes, uma acção de caridade, não.